quarta-feira, 9 de setembro de 2015

NÃO JULGAR

É impossível interpretarmos a intenção de outra pessoa. E assim, caimos no erro de julgar as aparências. Acontece de termos uma impressão negativa sobre alguém e depois, ao conhecê-lo melhor, mudamos de opinião. Mesmo quando uma pessoa comete um erro, não nos compete julgar. Sobretudo se não sabemos onde está a verdade. Um colega de curso foi acusado de um crime muito grave. Minha primeira reação foi de decepção, pois na época da faculdade éramos muito amigos. Foi julgado e condenado e está cumprindo sua pena. Soube que no presídio se coloca à disposição dos outros presos como médico. Pensei: Se é realmente culpado, está cumprindo o que determina a justiça humana. Se é inocente, certamente está se purificando de outros erros que é consciente de ter cometido. Seja qual for a situação a sua consciência está diante de Deus. Assim, ano passado, propus aos outros colegas de turma que fizéssemos chegar até ele um sinal de nossa antiga amizade. Um de nós foi visitá-lo em nome de todos, levando-lhe uma nossa lembrança. O fato o emocionou muito. O outro colega teve a impressão que ele está sofrendo muito, mas que está se reerguendo por dentro, sendo uma nova pessoa. Apolonio Carvalho

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